eu chorei de revolta ou arrependimento. lágrimas tuas, talvez.
hesitei e agora escrevo. não sei se devia, mas preciso.
finjo tanto. penso pouco.
viver é difícil, mas às vezes piora. abri a janela pro ar entrar, pra ver se o vento leva minha angústia.
mas o vento também traz muitas coisas, coisas que um dia eu quis te dar e não dei - por medo, desconfiança, proteção. lembro de uma vez que eu olhei bem na tua pupila e te senti estranho. o distanciamento que eu criei entre nós virou um abismo que eu caio, até agora.
pensei em colocar nossa música pra tocar, mas não. seria pesado...
você tem uma docilidade que me enerva e um temperamento que me incomoda.
(lembra quando combinamos de nos casar naquela igrejinha no quadrado, com um céu que não tem fim?)
não te peço nada. eu só quero que esse caos me transporte pra um lugar mais leve.
tinha tanta coisa pra dizer... mas às vezes o silêncio é uma forma de não desmoronar.
PS: passa. sempre passa
3 comentários:
passa
emocionaste-me. Os meus parabéns.
Um bjo da leitora portuguesa.
belo texto. emocionou.
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