8 de novembro de 2010

Nostalgia que me consola. Dos tempos em que eu andava de mochila e bicicleta, frequentava a cantina e o pátio da escola.
Saudade do coração que disparava inocente quando o olhar cruzava despercebido com meu par de olhos verdes prediletos.
Das matinês de domingo de onde a gente saía suado e feliz esperando a segunda-feira chegar.
Os bilhetes trocados com caneta com cheiro de morango e confissões esperançosas.
O imediatismo que a gente vivia, horas em frente ao espelho lamentando o corpo de mulher que ainda não tinha chego (e nunca chegou).
Meus diários cheios de planos de um futuro bom. O meu mundo que cabia quase no meu bairro: a padaria, a locadora, o supermercado, o apartamento dos amigos.
Tardes preguiçosas, manhãs sonolentas. O gosto do cachorro quente com batata palha murcha.
Meu violão.
Não que seja imposível ser feliz quando a gente cresce, só é mais difícil.