Já não sei encontrar meu meio termo. Eu amo ou desprezo; nem me lembro ou sinto imensa saudade; berro ou faço silêncio; gargalho ou choro.
Tudo o que sinto é intenso demais e eu não posso suportar nada que seja morno. Há de ser gelado ou fervendo.
Sou criança saltitante ou velha rabujenta; estúpida ou inteligente; puta ou santa; tudo ou nada.
Não vejo maneira de encontrar a medida que julga-se necessária. Mas a verdade é que nem quero começar a me procurar.
Perdi o controle, desgovernei.